terça-feira, 1 de janeiro de 2013

L

Há um lago a montante
Onde luz a luz da lua.
Lendo livros do levante
Ondulando de turbante.

Mas um rio não recua.

E os leitos que passaram
São só lápides de lodo
São lugares que afogaram
Por percursos de outro todo.

São só lagos que secaram.

Há um lago de beleza
Onde as lendas são reais
Onde nasce a lua acesa.
Onde o mar não volta mais.

Era um livro de beleza.

E a água que lá dança
Lava o ler de alma boa
Guerra e paz e esperança
Ondulando uma leoa.

Mas o mar não volta mais.

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