domingo, 14 de março de 2010

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E se eu amanhã acordasse
Inebriado de ter ouvido
Folia que não passe,
Pela vez primeira,
Tanto tempo passado,
Que até me tinha esquecido
Que o sonhava noite inteira,
A cor dessa voz
Para mim alvejado,
E de novo despido
Me lembrou de querer nós...

Ah, se eu acordasse amanhã
Com o som de uma mensagem
Que me atirasses pela janela
Tão cerrada, tão vã,
E visse o nome da tua imagem
No correr das cortinas.
A manhã seria bela
Incrédula, leviana

Vigiando atento o visor
Não muda imóvel de cor.

Vou dormir.
E esperar que ao acordar
Me doa a barriga a rir
Do que bebado despertar

Zzzzzzzzzzzzzzzzz
(que horas serão?)
Zzzzzzzzzzzzzzzzz

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