domingo, 21 de março de 2010

 Um padeiro atropelou
O pobre juiz na passadeira
Diz-se que era a bebedeira
Que viu e nem parou
Um empregado deixou
De propósito o forno aceso
A filha do padeiro tombou
Por azar, o pé preso
As pequenas magras crianças
Não tinham o que comer
O padeiro tinha meses a dever
Já não tinham poupanças
O menino chegou a chorar
Um colega pediu-lhe pão
E ele não lho quis dar
Ficou esmurrado no chão
A contínua dos recreios
Chorava na casa de banho
Seu irmão pobre, sem meios
Não declarava os seus ganhos
O meritíssimo juiz
Não ouve o que a família lhe diz
Declarou o homem culpado
Ele que nunca tinha roubado

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