sexta-feira, 18 de junho de 2010

Já posso abrir?

Amanhã cedo de manhã
Acordando assim molhado
Podia de esperança vã,
De ver ainda desfocado,
Entrar bocejo na cozinha
E ver-te lá a ti sozinha
Sentada com uma torrada.

Estenderias uma fatia
E eu olhando não creria.
Eu olhando tanto queria.
De vestido de dormir
Calmo branco de repouso
De esperares a sorrir,
Alta, baixa, quadrada.
E beliscaria se ouso
Esfregando bem a visão
E quando tirasse a mão
Lá estarias tu sentada.

Podia eu olhar prá frente
E surgires num repente.

Podia, mas qual era a piada?

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