segunda-feira, 28 de junho de 2010

Querer

O dia em que não me levanto
Das carícias da cama
E o desperdiço a um canto
A guardar o colchão
A esperar se me chama,
Quando me deito cansado
Lembro amnésia de si.
Lembro tudo o que vi
Uma porção de nada
Mão cheia de escuro
Outra hora aguada
Nem vislumbre futuro.

E quando me levanto
Já de dia seguinte
E o gasto a um canto
Perdido num pranto
De nada viver,
Continuo a não saber
O que faz para querer.

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