"Vamos jogar um jogo", disse eu.
E tu disseste: "um jogo qualquer?"
"Não, vamos jogar um jogo meu"
"Farás tudo o que eu assim fizer
E se não, farás só o que eu disser,
Se recusares, farás o que te der
E dás-me ordens a cumprir."
"Vamos lançar o dado à vez.
Se calhar um número par
Arrumo-te e vou desistir.
Se ímpar, tantos passos darei
Quantos que no dado vês.
O dado lança-se a pousar."
"Jogarei de olhos vendados
Darás corridas que não sei
À minha volta ou não voltar.
E quando abrir e te ordenar
O castigos que não me lembrar
Podes fazer renúncia ou assistir
Mas jamais te permito rir."
"Quando me matares a rainha
És obrigado a encontrar
As diferenças entre ela e mim.
Se não, tiro a espada da bainha
E antes de te trespassar
Fazes-te pedra papel tesoura"
"Se a mim for a pedra a calhar
A ti calha-te tesoura pra me embrulhar"
E tu disseste: "Concordo, vamos jogar
Porque só te guardo neutralidade.
Se eu ganhar, não mais hás-de chatear
Se perder, é um desporto naturalidade."
"Perdi" gritamos num tempo igual
Porque tínhamos ambos jogado mal.
Afastei-me do espelho e fui olhar.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
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