Abre a janela!
Abre-a num rompante
Pra que te ofusque a claridade.
Vês um barco à vela
No mar calmo que imaginas?
Podes ser um navegante
Com jornal e a vontade
Dobrando as folhas finas.
Atira a tua nau!
Atira-a sem pensar
Do teu porto parapeito.
Vê-la a planar
Com notícias dia mau?
Vê como cai a direito
Pelo vento liberdade.
Naufrago mas de vontade.
Vês o sol ao fundo
A marcar o horizonte?
Sabias que um segundo
A fazer à vida ponte
Somado com outros tantos
Que não quiseste gastar
Dava pra encontrar os cantos
Do globo viajando nadar?
Faz tudo o que ousares
Pra que memorável venha a ser,
Para um dia recordares.
E se nunca te vier a esquecer
É porque valeu a pena
Não seres testemunha pequena.
Vês o outro lado da rua?
Lá bate o sol do fim da tarde.
Porque é que à sombra rastejas
Se a luz pode vir tua
De um sorriso que te guarde?
Se é tão fácil seres brilhante
Basta um jornal que vejas
E o coração como quadrante.
Atravessa a estrada.
Mas não na passadeira.
Pousa o protector
Deixa essa sombrinha
E repara no fulgor
Com que se ri atordoada
A luz do sol, a cegueira
Se a não deixas sozinha.
 
Tu que gostas de desenhar,
São vermelhas as ondas do mar.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
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