quarta-feira, 19 de maio de 2010

Bocejo

Uaaaaaaa, quanto sono acordando.
Ruído remeloso do despertador!
Hoje deitar-me-hei mais cedo...
Acorda, tens de te ir levantando.
Levanta-te, dormi em cima do dedo
E está dormente, tens de te lavar
E vestir-te, estás pálido sem cor.
Os cereais têm sempre o mesmo sabor
Tu também nunca tentas variar!

Uaaaaaaa, tanto sono ainda trago...
Uaa... Merda, adormeci sem querer!
Basta fechar os olhos, logo apago.
É preciso levantar imediatamente
Ainda por cima tenho o dedo dormente
Levanta-te, já sabes o que comer,
Já é costume, outra vez atrasado
Tão alto o sol, como que mente
Sobre a rua e um camião lá parado.

Ahhhhhh, entra o sol pela persiana
Os raios pousam na roupa do chão
Sinal de ir o sol tão alto, vertical.
Mas são onze horas, outra vez não!
Não te levantas, o sono te engana,
Algum dia hás-de acordar pontual?
Um camião está a interromper a rua
O autocarro não passa, não faz mal.
É como se a culpa fosse menos tua.

Foda-se!! Não acredito que adormeci!
São onze horas agora, nem vale a pena
Nem vale a pena sair de casa agora.
É o sono, o destino que assim se ri
Algum dia chegarei sem demora?
Tanta roupa suja!, praí uma dezena
De cuecas que não cheguei a usar
De uma vez por todas, as vou limpar
Meio dia, sim, cereais, vou almoçar.


Uaaaa

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