...atolado em rancor
Que se o carro visse a passadeira
Tinha sido tudo outra maneira.
Rancor, falta de culpa e dor.
Mas por muito que as nuvens escondam
O céu sem que mais o respondam
Sem mais que os rugidos trovões
Atirando chuva, inundações,
Mesmo que seja a luz cinzenta
O tempo frio do vento a uivar,
Mesmo assim brinca o sol de brilhar
Atrás delas no seu leito magenta.
E mesmo que um carro atropele
As pernas sadias da esperança
E me arda combustível a pele
E me queime o imprevisto a visão
Das chamas que este azar lança
Ainda se prolonga esta estrada
Que eu levo em deleite escutada
E a sei como a palma da mão
Mudando em cada madrugada.
Mesmo que cubra o Inverno o jardim
Em era de branco onde é ordem morrer
É a plantar que a mim só me cabe
Encontrar os rebentos de ser florescer.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário