Um dia esqueci-me da cabeça:
Não a trazia ao pescoço agarrada.
Trazia-a na palma da mão
Apertada "que tal nunca aconteça".
E assim bastou-me uma olhada
Em bréu de redor sem visão
Para já nem a sentir na mão
Nem ver onde estava pousada.
Aberta o fecho correr do pescoço
Perguntei tacto passava um moço
Se não via nenhuma cabeça no chão
E ele vasculhava dizendo que não.
Agradeci sem sequer vê-lo.
Fui-me pela estrada à beira
De mãos tristes na algibeira.
E lá senti o meu cabelo!
sexta-feira, 14 de maio de 2010
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