domingo, 11 de julho de 2010

Cuidado!

Nuvens de cinzento violento
Negras do tempo de tempestade
Vêem-se longe d'onde me sento
Num prado de centeio tão plano
Raiando agora, felicidade.

E é pra cá que sopra o vento.

E para prevenir ao engano
A seara curva-se a mim.
Mas eu depeno um mal-me-quer
Desenho uma flor de jasmim
E pouco me interessa o fim
Deste sol quando um raio vier.

Chegou. Um rugido tão cedo!
Sozinho sem pedra esconder
Molhado ao tutano de medo.
Como fugir, não posso correr?

No alto tão claro do verão
Morre-me um mal-me-quer na mão.

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