Deixei a nossa casa, mãe
(Há tanto tempo me parece).
Saí entre o sangue e a dor
Que, mãe, aguentaste tão bem,
Bastou o querer e uma prece.
E verei, teimoso explorador
Quantos cantos o mundo tem.
Bati a porta devagarinho.
D'onde vinha violento o vento
Foi o ir do meu caminho
Pra que seja árduo o que tento.
E quando mais tarde te tornar
Dia de sol sem nevoeiro
Entrarei sem te chamar
E a teus pés porei, rainha,
A cabeça do mundo inteiro
Um troféu de cada lugar
Que esta minha nau sozinha
Feita em papel dobrado
Há-de olhando conquistado.
E gravarei nosso apelido
No livro do jamais morrido.
terça-feira, 6 de julho de 2010
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