Sou as mangas desfeitas
Da camisola que trago.
Sou aspas inperfeitas
De um sonho tão vago.
Sou o cerne de um engano.
Sou o labio defeito
Desta face que uso.
Sou a cama que deito
Num passeio obtuzo.
Sou a nódoa de um pano.
O borrão de um retrato
De um nobre fulano.
Sou as azas de um pato.
Sou os erros que sou
Por errar eu assim
Só perdido onde vou.
Sou o orgulho de min.
domingo, 25 de julho de 2010
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