Todos os dias vou e percorro
Sem ser eu mas rodas andando
A mesma estrada do morro
Que não leva a lugar nenhum.
E nunca nada vem mudando
O autocarro é o mesmo um
O condutor é imune aos anos
Viajando os mesmos fulanos.
E porque tudo é sempre igual
Todos os dias não há final.
Se um dia houver um acidente
Foi do sono que se esqueceu
De não sonhar, passar à frente
E contornar o que se pode viver
Pode o sol retrocedeu
Que não há motivo de o ver.
O sentido é diariamente chegar
Onde amanhã se há-de esperar.
E assim quietos vivendo,
Nunca chegaremos a envelhecer
Porque quem nunca foi vendo
Que vida tem para morrer?
quinta-feira, 29 de abril de 2010
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