domingo, 11 de abril de 2010

Falta

E se a esperança é a última a morrer
Por ser branca e brilhante
Afiada diamante
Usa-la-hei de escudo ao peito
Na guerra que vem a amanhecer
Investindo em mim a direito.

Que de sangrar tire proveito.

E na mais frente da batalha
Quantas flechas rechaçar
Quantas hei-de, voltando, apanhar
Pra que tornar valha,
Pra trazer a alegria
A quem mais que grades não via.

E se o combate não for ganho
Se forem amigos que apanho
Então quem tombou foi o sonhar
E eu cabisbaixo a regressar
Ao que tomou de assalto
O fascínio num rompante.

Mas alto
Ouvem-se as sirenes, distante

Sem comentários:

Enviar um comentário