Tenho esperado o comboio seguinte
De impaciência atrasado
Pimponeta paragem em vinte.
Trago atrás de bagagem
Roupa suja do passado,
As gravuras de outro lado
Instruções para a viagem.
Agarrada ao corpo a roupa
É o único bem que me poupa
O Sr. fado revisor
Indeciso ao desamor.
Para onde a seguir
Eu me hei-de perder?
Que estação do porvir
Hei-de querer conhecer?
Um viajante corropio
Ignora a quem cruza
Não quer saber o que usa
Porque é ele a multidão.
Quem é que grava se sorrio,
O que importa gritar não?
E quando encontrar enfim
Lugar onde me saiba a ficar
E o preencha como um lar
São horas da linha do fim.
domingo, 25 de abril de 2010
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